Energia Sustentável: O que é, Importância, Tipos de Energia

O que é energia sustentável?

Para uma energia ser sustentável ou renovável, como também é chamada, ela precisa ser obtida através de um recurso inesgotável, como é o caso do vento ou do sol.

Mas não apenas isso.

Ela ainda deve atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras.

Isso significa que um país não pode usar toda a água hoje disponível para gerar energia elétrica, pois isso comprometeria o abastecimento público muito em breve.

Outro aspecto importante para uma energia ser considerada sustentável é ela ser renovável e limpa, ou seja, sem liberação de dióxido de carbono, o famoso CO2, assim como outros gases causadores do efeito estufa.

Como é possível perceber, são muitos os “pré-requisitos” de uma energia sustentável.

Mas isso não significa que não existam fontes variadas dela, como veremos mais à frente.

 

Qual a importância da energia sustentável?

Conhecer as consequências do efeito estufa, que citamos há pouco, ajuda a entender a grande importância da energia sustentável para o planeta.

Porque elas atingem a todos nós, ao mesmo tempo em que geram impactos na natureza, sobre os demais seres vivos.

Você já ouviu falar sobre o aquecimento global, não é mesmo?

Trata-se de uma corrente de climatologistas que defende que a temperatura na Terra está subindo.

Em boa parte, isso se deve ao efeito estufa, cuja origem está na concentração de gases nocivos na atmosfera.

Com as temperaturas mais altas, o meio ambiente entra em desequilíbrio.

As mudanças climáticas são sentidas aos poucos. Porém, no longo prazo, a nossa própria sobrevivência acaba ameaçada.

Não que mudar toda a matriz energética para fontes renováveis seja a solução definitiva para isso, mas a medida tem grande contribuição para garantir o futuro de todos.

Por exemplo, você sabia que 40% da emissão de CO2 do mundo vem da energia produzida pela queima do carvão mineral?

E não basta parar de usar o carvão mineral para produzir energia – não sem encontrar fontes alternativas que sejam viáveis para tomar o seu lugar.

É disso que se trata o esforço de pesquisadores, empresas e governos para a promoção de energia sustentável no planeta.

Mas há outras justificativas para a importância dela. Vale citar aspectos relacionados à nossa saúde, inclusive.

Com os danos sofridos pela atmosfera, mais forte os raios solares chegam à nossa pele, o que abre caminho para o aumento no número de casos de câncer.

No Brasil, 30% de todos os tumores malignos atingem justamente e pele.

Ainda quanto à saúde, diversos problemas respiratórios podem acometer a população, sobretudo nas grandes cidades, tomadas pela poluição.

Nelas, os investimentos em mobilidade urbana devem priorizar vias e veículos menos nocivos ao ar, como é o caso do transporte público, das bicicletas e mesmo de automóveis híbridos ou elétricos, não movidos a combustíveis fósseis, como gasolina e diesel.

Por fim, vale citar ainda a questão econômica.

Se você já reparou na chamada bandeira vermelha na conta de luz, sabe do que estamos falando.

Esse acréscimo no valor que você paga mensalmente se deve justamente à escassez do principal recurso natural para gerar energia atualmente: a água.

Reduzindo a dependência dessa matriz energética, o custo de geração, distribuição e consumo tende a cair sensivelmente – isso sem que seja necessário diminuir o conforto na sua casa.

 

Qual é a fonte de energia mais sustentável?

Não há um consenso sobre qual é a fonte de energia mais sustentável.

A ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou em entrevista para a Gazeta do Povo que a forma de energia mais sustentável para o Brasil é a hidroelétrica, devido a abundância de rios do país e ao custo de implantação das usinas.

este artigo, desenvolvido na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), conclui que a fonte de energia mais sustentável é a eólica, causando dano apenas a aves e morcegos dos locais onde são implantadas as hélices para captação.

Mas a energia solar também é tida como uma ótima opção, embora o seu custo de implantação seja alto.

Em uma residência, ele equivale ao investimento em um carro usado, o que torna difícil o acesso para a população em geral sem que haja um subsídio governamental para isso.

Energias Renováveis x Energias Não Renováveis

Iniciativas de incentivo à energia sustentável não faltam.

Além do que já citamos ao longo do artigo, podemos lembrar de um projeto que tramita no Senado Federal desde 2015, buscando mexer na matriz energética brasileira.

Atualmente, o PLS 712/2015 se encontra em discussão nas comissões da casa legislativa, antes de ser encaminhado à votação.

Essa preocupação se justifica não apenas para termos um futuro melhor, mas também para levar energia elétrica a tanta gente que ainda vive sem ela.

Em todo o mundo, mais de um bilhão de pessoas não têm eletricidade, conforme dados da ONU.

O agravante é que essa carência acontece mesmo priorizando energias não renováveis.

São aquelas que utilizam recursos esgotáveis ou não limpos.

É o caso do petróleo, do carvão mineral e de fontes nucleares, sobre as quais vamos falar mais à frente.

Conforme a ONU, um dos grandes desafios para o futuro é universalizar o acesso à energia elétrica – e isso de modo limpo, sem agredir o meio ambiente.

Essa foi uma das resoluções da conferência RIO +20, realizada em 2012, com uma preocupação que apareceu também entre as metas de energia sustentável para 2030, como mostramos no início deste artigo.

Segundo dados divulgados pelo Ministério das Minas e Energia, 43,5% da nossa matriz energética é sustentável, o que torna o Brasil um dos países que mais investe em fontes alternativas

No mundo, a média é de 14% apenas. Mas o primeiro lugar fica com a China.

Para você ter uma ideia, em 2017, o país asiático investiu 133 bilhões de dólares em energia renovável.